O Sindicato dos Policiais Penais e Servidores da Sejuc de Sergipe (Sindppen) tem recebido diversas queixas relacionadas à má qualidade da alimentação fornecida pelo Estado aos servidores que atuam nas unidades prisionais de Sergipe.
As principais reclamações estão direcionadas para as refeições servidas no café da manhã e no jantar. “As queixas em relação à comida são constantes. Além da péssima qualidade, os policiais penais reclamam que não há variedade no cardápio. No café da manhã e no jantar, há somente um tipo de proteína e de acompanhamento, quando deveriam ter ao menos duas opções. O aspecto e o sabor da comida muita vezes são desagradáveis”, relata o presidente do Sindppen, Wesley Souza.
O presidente explica que a demanda por melhorias na alimentação fornecida nas unidades prisionais já foi apresentada à Sejuc. “Este não é a primeira vez que o Sindppen denuncia problemas com a alimentação fornecida nas unidades prisionais. No início deste ano, por exemplo, manifestamos nossa insatisfação com a decisão do Governo em permitir o preparo da comida fora das unidades prisionais por entendermos que dessa maneira, não há possibilidade de supervisão no preparo, condicionamento e transporte, o que pode trazer riscos à segurança do sistema prisional”.
Wesley Souza revela que o Sindppen defende o pagamento de auxílio-alimentação para os policiais penais e que Sergipe é o único estado do país que não paga esse tipo de benefício à categoria. “Com o pagamento do auxílio-alimentação, os policiais penais poderão arcar com sua própria alimentação, escolhendo e preparando o seu próprio cardápio da maneira que for conveniente para eles. O Governo não admite, mas o recurso gasto com pagamento de uma empresa terceirizada para fornecimento de alimentação é muito maior do que o montante que seria usado se houvesse o pagamento de auxílio-alimentação para a Polícia Penal”, finaliza.
Ascom Sindppen