R$ 20. Esse é o valor que o policial penal recebe do Governo do Estado pelo serviço de escolta para audiências e transferências de presos entre as unidades prisionais sergipanas. Apesar do baixo custo, o Sindicato dos Policiais Penais e Servidores da Sejuc (Sindppen) denuncia que o pagamento das diárias está em atraso desde janeiro deste ano, gerando insatisfação entre a categoria. Aproximadamente 30 servidores atuam neste serviço.
De acordo com o presidente do Sindppen, Wesley Alves, o Sindicato já oficializou a cobrança do pagamento junto à Secretaria de Estado da Justiça, do Trabalho e de Defesa do Consumidor (Sejuc), conforme ofício enviado no dia 22 de maio deste ano, mas não obteve resposta. No documento, o Sindppen solicitou ao secretário Cristiano Barreto que o pagamento das diárias em atraso fosse feito o mais rápido possível.
“A diária que o policial penal recebe é a menor da área da segurança pública em Sergipe, não é reajustada desde 2002 e mesmo assim o Estado atrasa o pagamento constantemente. Para fazer escolta, esses servidores se apresentam às 7h e fazem escolta de detentos para audiências de longa duração, onde o retorno muitas vezes acontece somente às 17h, 18h e até às 19h. São servidores que passam o dia inteiro à disposição da Justiça e com apenas R$ 20 para se alimentar.
Além disso, os servidores que atuam na escolta passam meses para receber esses valores, que são pagos de forma parcelada. Nós vamos seguir cobrando até que a nossa categoria seja tratada com o respeito merecido e receba o pagamento de maneira regular, sem atrasos”, afirmou.
Problema recorrente
Em novembro do ano passado, os policiais penais que atuam na escolta de detentos acionaram o Sindppen para denunciar o atraso nas diárias. A categoria ameaçou paralisar parcialmente as atividades se não houvesse a regularização dos pagamentos.
Na época, os pagamentos estavam em atrasados há três meses e ainda estavam pendentes as diárias de dois meses referentes ao ano de 2018, totalizando cinco meses de atraso. O assunto foi destaque nos principais veículos de comunicação do Estado.