O presidente do Sindicato dos Policiais Penais e Servidores da Sejuc de Sergipe (Sindppen), Wesley Alves de Souza, vem realizando diversas denúncias junto à imprensa acerca das dificuldades enfrentadas pela categoria e da morosidade da Assembleia Legislativa para apreciar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que cria a Polícia Penal em Sergipe.

O déficit no efetivo é constantemente criticado por Wesley Alves, que relata a necessidade de convocação de novos policiais penais. “Temos diversas dificuldades e uma das principais é o baixo efetivo. Embora o Estado tenha convocado as 100 vagas criadas no último concurso, o número foi insuficiente, tendo em vista que o Estado passou quase 20 anos sem concurso. Precisamos que o Estado crie novas vagas, e continue o processo de nomeação de novos policiais penais, pois ainda temos um déficit significativo no sistema”, detalha.

De acordo com Wesley Alves, um levantamento da Federação Nacional dos Servidores Penitenciários (Fenaspen) apontou que os policiais penais de Sergipe têm o pior salário da categoria em todo o país. “Em Sergipe, os salários iniciais são de R$ 1.500 para uma jornada de 40 a 42h semanais. É pior salário da área de segurança pública para um profissional que toma conta de um presídio com todos os tipos de pessoas. Enquanto isso, o Estado paga de R$ 5 mil a R$ 10 mil por cada servidor da empresa terceirizada”, critica.

Criação da Polícia Penal

Wesley Alves faz um apelo para que o presidente da Alese, paute a PEC, já em tramitação, que cria a Polícia Penal em Sergipe, adequando-se à Constituição Federal. “Gostaria de fazer um apelo ao deputado Luciano Bispo, presidente da Alese para que coloque a citada PEC para ser votada, até porque ela não gera impacto financeiro e nem ônus aos cofres públicos, pelo contrário, traz benefícios, especialmente para com a sociedade, já que os policiais militares que realizam escolta de presos serão deslocados para o policiamento ostensivo das ruas, e também delega aos policiais penais maiores poderes para investigar, no âmbito prisional, as facções presentes nas unidades prisionais de Sergipe”, explica.

Divulgação de informações


Wesley Alves também chamou atenção para que haja maior “transparência” nas apreensões realizadas nas unidades administradas pela Reviver. “Recentemente, os policiais penais flagraram um servidor com drogas ilícitas na unidade do Santa Maria. Esta ocorrência, por exemplo, milagrosamente, foi divulgada, mas quase 24h depois”.

Ainda segundo o presidente do Sindppen, o Estado deveria divulgar de maneira mais célere as apreensões realizadas pelos policiais penais em todas as unidades de Sergipe. “Infelizmente, algumas vezes não há a devida divulgação das apreensões que fazemos diariamente em todas as unidades. Transparência total. É isso que a sociedade exige de quem lhe representa. Algo que o Sindppen sempre estará pronto a defender e colaborar”, finaliza.