Uma lixeira a céu aberto. Assim está a área externa do Complexo Penitenciário Dr. Manoel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão. A direção da unidade prisional já enviou diversos comunicados à Secretaria de Estado da Justiça, do Trabalho e de Defesa do Consumidor (Sejuc), mas até agora nada foi feito. O Sindicato dos Policiais Penais de Sergipe (Sindppen) repudia totalmente esse descaso e cobra uma solução imediata para essa situação lamentável.

Em um vídeo gravado na última quarta-feira, 23, pelo presidente do Sindppen, Wesley Alves, é possível ver a quantidade de lixo acumulado. Há pelo menos uma semana, a empresa responsável pela coleta de lixo não cumpre o serviço, deixando que o local se torne um verdadeiro lixão a céu aberto.

“É um descaso por parte da prefeitura de São Cristóvão e por parte do Governo do Estado. Será que isso ocorre em outras unidades prisionais do país? Quase uma semana depois da gravação do vídeo, o lixo ainda não foi retirado. É uma situação inadmissível, que prejudica o meio ambiente e coloca em risco a saúde do policial penal. Queremos uma solução para essa lamentável situação”, cobrou o presidente do Sindppen.

De acordo com Wesley Alves, o problema é antigo e já foi discutido em reunião entre a direção da unidade e a empresa. “A equipe que atua na unidade já fez várias ligações para a empresa, mas o lixo continua acumulado, causando transtornos a quem trabalha e circula pela área externa do presídio. O problema é recorrente e apesar da reunião feita com um representante da empresa, o descaso permanece. Também já foram enviadas notificações à Sejuc, mas não há solução”, comenta.

Wesley revela ainda que a situação é de extrema gravidade, pois além do mau cheiro, o acúmulo de lixo atrai animais e pode provocar doenças. “É de conhecimento de todos que o lixo acumulado e mal armazenado atrai ratos, baratas, moscas e mosquitos, considerados vetores, ou seja, organismos transmissores de doenças, como dengue, leptospirose, diarreia, chikungunya, disenteria, diarreia, entre outras. Estamos diante de uma situação gravíssima, que envolve o risco à saúde dos policiais penais, colaboradores, detentos e suas famílias”, lamenta.

Ascom/Sindppen